
Manipulação
Não basta saber construir objetos, precisamos manipulá-los. No mundo real, após fabricar os objetos que farão parte da cena, o artista de “Stop motion” precisa ser capaz de manusear, controlar e posicionar corretamente todos os objetos que farão parte de sua cena e da história que pretende contar.
O objeto
Para compreender os conceitos, vamos fazer uma comparação entre o desenhista e um artista que faz filmes de Stop-motion. O desenhista faz uma simulação do mundo existente, como quem tira uma fotografia. Da mesma maneira, o artista de Stop-motion, tem como resultado do seu trabalho, uma série de fotografias que, ao serem colocadas em sequência darão origem a um filme. O que nos interessa nessa comparação é que, o artista de Stop-motion para realizar seu trabalho, precisa construir e posicionar todos os objetos presentes na cena. Para o desenhista é a mesma coisa, este precisará construir e criar poses, posicionando cada objeto necessário à realização do seu desenho.
Orientação
Assim como no Stop-motion nas cenas desenhadas o desenhista precisa ser capaz de manusear, controlar e posicionar corretamente todos os objetos, por isso ele tem que ser capaz de desenhar qualquer objeto e controlar sua orientação no espaço.
Para alcançar esse objetivo, é preciso compreender o conceito “Orientação”.
A orientação é o princípio mais importante na manipulação de objetos. E para orientar um objeto, o desenhista precisa de referências. Se você não sabe para onde seu objeto está apontando, onde é a sua frente, lado ou topo, você irá sentir-se perdido, confuso e desmotivado na hora de começar ou prosseguir com seus desenhos.
Antes de manipular precisamos conhecer algumas características do objeto:
1. Tem sempre três dimensões: Largura, Altura e Profundidade.
2. Está sempre em perspectiva.
3. Tem sempre tamanho, posição e orientação no espaço.
4. Tem sempre frente, trás, laterais, topo e fundo.
5. Pode ser algo muito simples, mas pode fazer parte de composições complexas.
Para criar tais referências, usa-se uma linha média na face do objeto para indicar a direção, um pivô e um eixo para rotacioná-lo para onde quer que necessite, no espaço; um arco para delimitar seu raio de ação. Essas referências são úteis principalmente quando trata-se de objetos curvos como esferas, cilindros e objetos orgânicos.
Orientação é o que vai fazer a maior diferença para qualquer desenhista. Se você não dominá-la e compreendê-la, não avance.
